Em fevereiro desse ano, quando o repórter perguntou ao secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, se ainda há tempo para salvar o planeta e a humanidade, ele respondeu que 2021 é um ano do tudo ou nada. Aliás, essa é a década em que vamos precisar virar o jogo.
“Não é tarde demais, mas temos de ter certeza de que somos capazes de não apenas criar as condições para uma redução drástica de emissões nesta década, tornando possível conter o aumento da temperatura em 1.5 graus; este é o ano em que temos de ter um novo marco para preservar a biodiversidade, este é o ano em que temos de tomar um número importante de medidas para reduzir a poluição” afirmou Guterres.
Além disso, essa é a década de decisões fundamentais para colocar o mundo em uma trajetória mais sustentável, através de uma ação coletiva entre o Governos, pessoas, mercados financeiros e tecnologia. Se todos esses atores caminharem em conjunto com base nas estratégias feitas para o meio ambiente, podemos reverter esse quadro preocupante em que o mundo se encontra.
“A emergência é muito mais profunda do que imaginávamos há alguns anos”, disse Robert Watson, que coordenou o relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e foi autor de estudos científicos anteriores da ONU sobre a mudança do clima e a perda de biodiversidade.
Esse relatório mostra que o planeta está no caminho de ter um aumento de temperatura de 3,5 °C, muito superior ao estabelecido no Acordo de Paris. Indica, também, que 9 milhões de pessoas morrem ao ano por problemas causados pela poluição e que 1 milhão das 8 milhões de espécies de plantas e animais estão ameaçadas de extinção. Além disso, 400 milhões de toneladas de metais pesados e produtos químicos estão sendo lançados nas águas do mundo a cada ano.
Cada ator tem sua importância e é por isso que não podemos excluir um ou outro do plano. Afinal, em qual Planeta queremos viver na próxima década? Qual herança queremos deixar para o futuro?
Fonte: Valor Econômico
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